Assim comunicamos à família! |
Hoje vou contar um pouco sobre a gravidez gemelar: como descobrimos, como foi a gravidez, o parto, enfim, toda essa fase maravilhosa.
Em abril de 2016, com um teste de farmácia, descobrimos que não seriamos apenas nós dois dali pra frente. Fiz o teste dois dias antes de atrasar minha menstruação e o teste não ficou com dois risquinhos rosa, ele ficou TODO rosa. Na segunda-feira fiz o HCG, que deu 1001. ou seja, gravidez confirmada! Fizemos a Eco e o médico pediu pra repetir em 15 dias, pois "algo não estava certo". Fiquei em pânico, e marquei outra eco com outro médico. Antes disso, refiz o HCG, e já deu 65545. Absurdamente alto, o que me tranquilizou, pois se algo estivesse "errado", o HCG estacionaria ou diminuiria.
A primeira eco - nossos feijõezinhos! |
04 de Agosto 16 |
11 de setembro 16 |
Devo ter sido uma daquelas grávidas insuportáveis, de tantos cuidados que tínhamos, mas sei que era necessário e valeu a pena. Segui a risca todas as indicações da médica, fiz repouso nos três primeiros meses, cuidei a alimentação, excluí do cardápio tudo que poderia trazer algum risco, reduzi o chimarrão, café em pequenas doses, nada de álcool,enfim, fiz tudo pra que as meninas nascessem saudáveis e que a gravidez fosse segura.
Como a gravidez gemelar é SEMPRE considerada gravidez de risco, mesmo que tudo esteja bem, o acompanhamento é mais intensivo do que da gravidez única. Tive MUITAS consultas, MUITOS exames e uma infinidade de ecografias, praticamente uma a cada 20 ou 30 dias. Graças a Deus tudo sempre estava ótimo, os exames em ordem. Nas ecos, as meninas surpreendiam pelo tamanho, já que ambas tinham praticamente o tamanho de um bebê único. Isso trazia um pouco de medo, pois indicava que, pelo meu tamanho, elas tão grandes não teriam muito espaço para ficar até pelo menos as 38 semanas, que era nosso objetivo. Mas era tão gostoso ver que elas estavam ótimas, ativas, se desenvolvendo perfeitamente.
Passei a gravidez bem, sem grandes percalços. Tive muitas licenças "profiláticas", ja que havia surto de caxumba, gripe A e dengue, e como eu trabalhava em escola, e tinha muitas turmas, era um risco. Fora isso ( e os três meses de muitos vômitos e enjoos) tudo tranquilo. Até o falecimento da minha mãe. Obviamente, isso me abalou demais. As consultas seguintes mostraram que minha pressão estava um pouco alterada, então começamos a acompanhar mais de perto, fiz eletros e outros exames, até que a pressão começou a passar dos 15/10 e não baixava.
10 de novembro 16- 12 dias antes do parto |
Era dia 21 de novembro de 2016. Fomos do consultório direto para o Hospital da PUC. Chegando lá minha pressão estava 17/11 e já me deixaram em observação, fiz os exames de sangue e urina e eles colocaram monitores nas meninas. Quando os resultados saíram, já chamaram o Gui e disseram que eu ia baixar, pois os exames indicavam pré-eclâmpsia. Ali comecei a temer pelas meninas. Eu estava com 32 semanas e 4 dias de gestação. Era muito cedo!
Durante a noite, fiz uma infinidade de exames, a cada três horas me tiravam sangue. As 6 da manhã a médica vem conversar e diz que os exames indicaram HELLP parcial (A Síndrome de Hellp é uma complicação obstétrica grave, pouco conhecida e de difícil diagnóstico, que pode causar a morte da mãe e também do bebê. É chamada de síndrome porque envolve um conjunto de sinais e sintomas, e hellp, em razão da abreviação dos termos em inglês que querem dizer: H: hemólise (fragmentação das células do sangue); EL: elevação das enzimas hepáticas, e LP: baixa contagem de plaquetas.- Mundo educação UOL) e que eu entraria em cesárea em uma hora.
Chegou a hora! |
E foi assim, neste susto maluco, que as minhas gostosuras nasceram, no dia 22 de novembro, as 7h21 e 7h23, Sofia primeiro, com 1,850kg e 41 cm e Alice com 1,695kg e 42 cm.
Primeira foto juntos - UTINEO |
Até mais! See you!
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